sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Episodio I - salto pela janela.


Passeio iniciado. Emaranhados de metais e plasticos nos levam para casa. Meu pensamento engaiolado derrepente saiu pela janela do ônibus, que se tornou uma janela para o tudo e nada que pode existir pelo caminho espalhado, enfileirado em andares de cimento, afogado pelos ares poluidos que nossas consciências sadicas amam por dependência. E nós ali dentro. E nós suados, grudentos, cansados. E nós baixo a cansativa luz do ônibus que flagra tantos diarios universos cotidianos e particulares, e que anula o entardecer azul junto àos cinzas dos prédios e às luzes paranoicas que fazem os tuneis de concreto por onde passou engarrafado esse passeio.

Passeio engarrafado


Primeiros passos rumo ao ponto de onibus. Nesta cidade as arvores crescem nos telhados, os micos andam nos fios e os postes abraçam as arvores, que servem de morada aos miquinhos safados. Meu quase atropelado eu se deleitou -junto a alguns outros alguens que por ali passavam- com estes personagens que (como nós) não precisam desses nossos chinelos e calçadas sujismundas.

De Volta


Alvorada pós banquete. Essa cantava uma melodia imemorável, que enquanto dura se repete e se repete em sons inigualáveis, apenas poderia mimetizá-los em uma flauta doce ou um pequeno murmurio de canto.


Depois de alguns meses e de umas quantas voltas resolvi voltar aos meus frutos. Antes que apodreçam.Então agora convido-vos a que comam destes frutos, pois o plantio ja começou. E o sol continuará saindo pra dar sentido à existência dos olhos e das cores.