Passeio iniciado. Emaranhados de metais e plasticos nos levam para casa. Meu pensamento engaiolado derrepente saiu pela janela do ônibus, que se tornou uma janela para o tudo e nada que pode existir pelo caminho espalhado, enfileirado em andares de cimento, afogado pelos ares poluidos que nossas consciências sadicas amam por dependência. E nós ali dentro. E nós suados, grudentos, cansados. E nós baixo a cansativa luz do ônibus que flagra tantos diarios universos cotidianos e particulares, e que anula o entardecer azul junto àos cinzas dos prédios e às luzes paranoicas que fazem os tuneis de concreto por onde passou engarrafado esse passeio.
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